quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quando cerram os olhos

Eramos nós a poesia sem nenhuma palavra, apenas a constância e intrepidez do olhar. Sua pele sorria e meus cabelos derramados sobre a face quase flutuavam em resposta a respiração. Vinha de modo discreto e em instantes eu também era você. Não importava mais o físico, habitava somente a força daquilo que se externiza ao corpo. E era pleno; Interminável.
Adelle Silva
                                                                                                                              

2 comentários:

  1. "em instantes eu também era você".
    Vim em seu blog poucas vezes, porque conheço a poucos dias, mas toda vez que passo aqui tenho que ler esse textinho de novo. Tem um "quê" de indecifrável, mesmo transmitindo o mais íntimo dos sentimentos. Bonito demais.

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  2. Fico feliz quando o que escrevo tem uma representatividade para outras pessoas. Muitíssimo obrigada pelo elogio e garanto que o mesmo ocorre quando visito o seu blog, sempre tenho que revirar as páginas mais antigas fazendo releituras incansáveis.

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