A linha, a curva e não há medo por onde os pés tocam. Nada morre, tudo vira luz.
Um espírito velho aparentando ter esquecido aquilo que já se sabe vai tentando seguir os mesmos caminhos e cruzar pelas mesmas ruas, na tentativa de encontrar perdida a mesma cena das crianças se amando na esquina. Vai-se querendo chegar perto dela, mas o esquecimento de ser leve preexiste . O mundo te aprisiona e sai levando seu corpo aonde não pode ir, mas ele vai e não há quem impeça e não há quem não o faça chegar a lugar nenhum. Não existe mais ninguém lá, todos já se foram e você ainda nem voltou a si, tomado pelas inquietações que te governam. Fechar os olhos te tornou só, abri-los então. Já não se pode apenas sonhar nem tão somente viver. Meio termo para nós.
- Uma dose de sonambulismo por favor!
E não tente entender o que realmente eu quis dizer, não estava aqui, não estou aqui. Talvez esteja um tanto sonâmbula.
Adelle Silva

Ok, não tentarei entender.
ResponderExcluirBem como disse Lispector: 'Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.'
ExcluirIntrigante. Me lembrou um trecho de Engenheiros: "Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos".
ResponderExcluirA ausência de luz resgata fantasmas;Daí vemos além. Há medo em não enxergar, em se perder a memória da forma das coisas. Muito inquieto isso!
ExcluirÓtima 'PIANO BAR'.